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Projeto de extração de areia ameaça Represa, diz SOS Itupararanga

 

A ONG SOS Itupararanga divulgou informativo sobre as ameaças do projeto de mineração de areia na várzea de Ibiúna, de responsabilidade da Votorantim Cimentos, sobre a Represa Itupararanga. O parecer de indeferimento do Conselho Gestor da APA Itupararanga não foi aceito pela Fundação Florestal, que deve solicitar informações complementares à Votorantim para que comprovem que o empreendimento não é impactante e que não há outras alternativas locacionais, dando assim o respaldo técnico necessário para uma manifestação definitiva sobre a viabilidade ambiental do empreendimento.

O parecer de indeferimento do Conselho da APA foi elaborado em reunião, na sede da SOS Itupararanga, em maio deste ano. Segundo a ONG, o parecer contou com importante conhecimento dos técnicos que compõem o conselho. Naquela ocasião, a Votorantim apresentou algumas alterações no projeto original, mas que não mudaram o posicionamento do Conselho, que desde 2012, em conjunto com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio – Tietê (CBH-SMT) tem manifestado sua preocupação com os impactos decorrentes desta atividade em uma área ambiental – um ecossistema rico em espécies da fauna e da flora específicos deste tipo de ambiente, e que contribui para a manutenção da qualidade das águas da represa.

O projeto

O projeto propõe a extração de 30 mil toneladas de areia e 10 mil toneladas de argila por mês na várzea dos rios Sorocabuçu e Sorocamirim, formadores da Represa Itupararanga. A exploração destes minerais visa atender o mercado da construção civil e a produção de argamassa e outros materiais pela Votorantim Cimentos.

Com as alterações no projeto, o polígono (área a ser explorada) passou de 20 ha para 18 ha, e ainda prevê a construção de uma estrada de acesso no interior da várzea para o tráfego dos caminhões que trabalharão no local.

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