A natureza destrói e o Poder Público de Ibiúna também
À tarde da última segunda-feira (6), certamente, foi um dia marcante para muitas famílias de nossa cidade e de toda a região. As fortes chuvas, seguida de vendável, causou estragos e a morte de um ilustre morador de Ibiúna, ‘Chiquinho de Zozó’, em uma obra em Canguera, São Roque. A fúria da natureza também causou, entre outras coisas, um apagão que deixou mais de um milhão de pessoas no escuro na noite do dia 6. Nos supermercados, as filas de consumidores eram grandes, sobretudo, atrás de velas para passar a noite, ainda que um pouco, sob a luz. Nos poucos postos de combustíveis em funcionamento na cidade, a procura também era grande. Foi um dia marcante. O hospital funcionou parcialmente; não havia drogarias em funcionamento.
O fenômeno climático que atingiu a região, chamado por especialistas de ‘microexplosão’, passou por Campinas um dia antes; a ação da natureza devastou alguns bairros próximos a Ibiúna, limítrofes, e também deixou casas destelhadas, árvores caídas e torres de energia retorcidas no chão em nosso município. Os estragos causados pela natureza são imprevisíveis; no entanto, os estragos causados pelo homem e suas consequências, são previsíveis. Além dos prejuízos ocasionados pelo fenômeno climático, comerciantes do centro da cidade, sobretudo da Rua Angelino Falci, sofrem pelo planejamento (ou falta dele!) do Poder Público de Ibiúna ao transformar uma rua em boulevard (calçadão) e deixar, o já fraco comercio ibiunense, em uma situação ainda mais crítica, já que, com as obras, a rua esta interditada e os comerciantes desesperados.
O que era para durar 40 dias, no entanto, já esta com dois meses e as obras estão em ritmo desacelerado e o que parecia ser um presente a cidade, até o momento, tem sido um verdadeiro desastre. Mas não é essa a única obra parada na cidade. O planejamento estranho (ou a falta dele!) fez com que, desde 2011, uma obra de uma ciclovia as margens da Avenida Perimetral (ou Marginal) esteja ainda em execução, com uma velocidade muito aquém do necessário e a obra milionária ainda longe do seu fim; como se não bastasse, com recursos provenientes do Governo do Estado, para a área de turismo, a Prefeitura esta “modernizando” a entrada da cidade, inclusive o Centro de Informações Turísticas, no início da tal ciclovia. No entanto, na placa da obra o serviço era para ter sido concluído em abril, mas, passados dois meses, a aparência é de uma conclusão distante. Em 2007, há 10 anos, foi investido cerca de R$ 700 mil para a “modernização” do local – quando tirou a estatua do lavrador de lá – e agora mais R$ 850 mil para uma nova “modernização da entrada”. Com tantos “investimentos”, de valores estrondosos, o que temos visto, infelizmente, são destruições por parte da Prefeitura local sem obedecer as suas próprias previsões de conclusão. Assim como a natureza, as destruições do Poder Público de Ibiúna são imprevisíveis.
Uma ótima leitura e até a próxima edição!