Saúde

Consórcios Municipais de Saúde

Trata-se de mais uma criatividade mineira para solucionar os eternos problemas de escassez de recursos da Saúde Publica. Diante do sucesso alcançado por essas entidades, vários municípios estão adotando a idéia.   É claro que não é para qualquer um. O modelo só funciona nas regiões politicamente mais evoluídas onde se consegue colocar o bem estar da população acima dos interesses particulares de políticos, médicos, hospitais, laboratórios, fornecedores, enfim todos os segmentos envolvidos com a SAÚDE.  Analisemos as vantagens. Nenhum município por si só é capaz de atender todas as especialidades médicas, tanto a nível ambulatorial (consultas)  ou hospitalar (cirurgias e internações). No atual sistema de atendimento diversificado  em que todos atendem a tudo é financeiramente inviável. Cada município passa a se preocupar somente com o atendimento básico, clínica, pediatria, gineco obstetrícia, tanto no âmbito Hospitalar quanto Ambulatorial. O município oferece o serviço básico para a sua própria população e estende, vende ou troca nos serviços na área em que está apta para atender determinada especialização como, por exemplo, Hemodiálise, Otorrinolaringologia, Neurologia e outros.  Ao proceder assim, o hospital maximiza seus serviços. O raciocínio vale também para os exames subsidiários que exigem altos investimentos em tecnologia de ponta como Medicina Nuclear, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética e outros. Para a implantação de um plano como esse falta apenas vontade política.  O nosso prefeito professor Eduardo aderiu a um programa semelhante  com o Centro de Hemodiálise  instalado no município vizinho de São Roque. O referido Centro vem facilitar a  vida  de 50 dialíticos de Ibiúna e de municípios vizinhos como: Araçariguama, São João Novo, Vargem Grande  Paulista, Caucaia do Alto, Mairinque, Alumino, Piedade, Salto de Pirapora, que estão  sendo atendidos  em outros municípios longínquos. São todos municípios interligados com estradas asfaltadas e que se intercomunicam através do telefone, celular ou internet permitindo as remoções ou transferências em pouco tempo. Por mais incrível que possa parecer o município de Ibiúna oferece a cada dialítico, o transporte (veiculo e motorista), três vezes por semana, o que gira grande prejuízo aos cofres públicos e felicidade aos motoristas autônomos. Recursos esses que poderiam ser canalizados em outros setores da Saúde. Antes que seja tarde, é bom pensar numa solução rápida porque atender uma média de 500 pessoas por dia não significa solução. É apenas empurrar o problema com a barriga.

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