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Advogada recebe desagravo público contra ex-juiz da comarca

No  dia 29 de outubro, aconteceu a Sessão de Desagravo Público em prol da advogada Thais Teixeira Ribeiro Nisiyama(foto), na Casa do Advogado de Ibiúna. O Presidente da OAB-Subseção Ibiúna  Dr. Eduardo Marcicano agradeceu a presença de todos os seus colegas, familiares e amigos que vieram prestigiar esta sessão de Desagravo de extrema importância para a Ordem dos Advogados.

Compuseram a mesa o Dr. Antonio Carlos Delgado, Presidente do Conselho Regional de Prorrogativas, Dr. Alexandre Ogosuka, Presidente da OAB-Subseção Sorocaba, Dr. Cornélio Gabriel Vieira, Presidente da Comissão de Prerrogativas, além da homenageada Dr.ª Thais Teixeira R. Nisiyama.

Todas as autoridades presentes homenagearam Dr.ª Thais dando-lhe apoio e encorajando-a pela sua atitude e que este exemplo deverá ser seguido por outros colegas.

O fato que desencadeou o Desagravo em prol da advogada se deu em 25 de fevereiro de 2008, quando o magistrado Dr. Wendell Lopes Barbosa de Souza expediu oficio à OAB local e a Defensoria Pública para que a advogada não fosse mais indicada para atuar em processos da 2ª Vara Judicial de Ibiúna. O ato foi reconhecido como ”total desrespeito à liberdade e prerrogativas inerentes à advocacia”.

No dia, a audiência da advogada não iria ocorrer, porém, o magistrado não deliberou, fazendo-a esperar por mais de três horas, o que é incompatível com a dignidade da profissão, além da profissional possuir, naquele dia, outros compromissos.

Colegas advogados, amigos e autoridades compareceram à Casa do Advogado para prestigiar dra. Thais, que, em seu discurso, não poupou palavras para criticar a postura do ex-magistrado de Ibiúna. “Ser chegado do dr. Wendell para conseguir algumas migalhas, o que eu acho nojento, só pode ser piada, eu quase ri. Não adiantaria nada um suposto pontinho com o juiz, se existe o duplo grau de jurisdição. Se quer ter uma migalhinha ‘dê uma chegada’ com o desembargador, para começar”, ironizou a advogada.

Dra Thais disse que o episodio fortaleceu o seu empenho na advocacia. “Se a ideia do dr. Wendell foi tentar me acovardar, não teve êxito, hoje ele sabe: se me tirarem os meu honorários, defenderei de graça”, disse. “Se cortarem as minhas mãos, escreverei com o sangue, se calarem a minha boca, defenderei com a alma. E se quiserem cortar fora a minha cabeça, ah, terão que me ouvir primeiro”, enfatizou. “Minha maior satisfação é que grandes colegas, tão exímios radicais e intransigentes quanto a mim, deram-me razão”, finalizou a advogada.

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