Colunistas

A fé que nos move

Luiza Alves

Quando falamos em fé, estamos falando de algo que não conseguimos tocar, muitas vezes nem compreender, mas que podemos sentir e até experimentar. Trata-se de viver do sobrenatural, de acreditar naquilo que não se vê, de esperar que algo seja diferente ou melhor. Existe também a fé que colocamos nas pessoas: aquela certeza de que o amor que nos une é incapaz de nos magoar e capaz de nos defender, nos ajudar. Existe ainda a fé que colocamos na intercessão daqueles que estão mais próximos de Deus, daqueles que a exemplo de São Paulo “combateram o bom combate, viveram a fé” e agora combatem conosco as nossas lutas. Assim se fez a festa de São Sebastião: muito mais que uma expressão cultural, a festa de São Sebastião expressa a fé de milhares ibiunenses que buscam alcançar suas graças sob a intercessão de um santo guerreiro, de um homem que deu sua vida pelo evangelho e nos deu exemplo de ser cristão. Os milagres vêm de Deus; as graças vêm de Deus, mas a intercessão veio e ainda vem de São Sebastião. Festejar São Sebastião é prestar justa homenagem àquele que nos auxiliou num momento de desespero e de dor; é reconhecer que como homem, Sebastião viveu sua santidade, e como santo, se faz exemplo para os homens. Festejar São Sebastião, é deixar-se ser movido pela mesma fé que há quase um século moveu os corações de homens e mulheres que creram e por isso experimentaram a graça de Deus. Pisar o mesmo chão que muitos pisaram, honrar a mesma esperança e expressar a mesma gratidão… isso é, de fato, festejar São Sebastião.

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