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Quem quer crescer tem que pensar como formiga

A agricultura familiar é a base da economia ibiunense. Por outro lado, temos setores que se estruturam dia após dia, como o turismo, grandes responsáveis pela geração de empregos e que contribuem para a imagem de cidade acolhedora para quem aqui visita. Ao atuarem de maneira independente, porém, os empreendedores acabam por perder um grande espaço que poderiam conquistar caso atuassem de maneira conjunta. Mas se se organizarem com foco, determinação e caminhos definidos, como trabalham as formigas, não há força que os vençam. Há conselhos municipais de diferentes áreas econômicas no município em atividade. Mas é preciso muito mais. É necessário a organização em associações, cooperativas, participação ativa em sindicatos, criação de grupos de interesse. É necessário mais união dos grupos que têm interesse em comum, para que o resultado seja potencializado.Muitos, por experiências terríveis como a da Cooperativa Agrícola de Cotia, que no passado quebrou e deixou centenas na mão, ainda têm receio de buscar este modelo de união. Mas se esquecem que experiências bem-sucedidas, como a CAISP e a CETRIL, são exemplos de que é viável se organizar de maneira cooperada. O que é preciso é que o cooperado fiscalize, vote, cobre e tenha total conhecimento do que se passa na organização, que deve ser transparente ou perderá o sentido de existir.Organização social é imprescindível para que o pequeno produtor não tenha de ficar refém de um modelo de negócios há décadas comandado por atravessadores. Da mesma forma que a integração por meio de grupos sólidos permite maior poder de pressão por políticas públicas efetivas e eficazes, possibilita maior conhecimento sobre o setor econômico e dá munição para planejamento e definição de estratégias de negócio competitivas. Tenho certeza de que o pequeno só tem a ganhar ao se organizar. Aliás, ao se amparar em grupos, ele deixa de ser pequeno e pode se tornar imbatível. É fácil esmagar uma formiga que vagueia sem rumo pela estrada, mas ninguém, por mais forte e corajoso que seja, mete-se a colocar o pé desnudo no formigueiro.

Fernando Moraes

Jornalista, especialista em comunicação organizacional

Diretor da ALivre Comunicação

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