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Perder o voto é pior que perder a copa!

A perda  da copa não é o pior dos males para o nosso país. Há outros bem piores: a perda da ética, da vergonha e, sobretudo, do voto.      E, como não perder o voto diante das opções que temos na atual eleição? Não sei como responder a esta questão. Talvez estejamos precisando de uma grande reforma política. E, a maneira de fazê-la, seria através da convocação de  uma Constituinte, como está se propondo. Mas, enquanto a Constituinte não vem, temos que conviver com o que Marlon Reis, juiz de direito no Maranhão, descreveu em seu livro “O Nobre Deputado: relato chocante ( e verdadeiro) de como nasce, cresce e se perpetua um corrupto na política brasileira. Primeiramente ele nos diz o que todos sabemos, ou seja, ganha as eleições quem tem dinheiro: “O resultado de qualquer eleição brasileira já está definida muito antes do encerramento da votação. Muito antes da abertura das urnas.
A vontade do  eleitor individual não vale nada no processo. O que conta é a quantidade de dinheiro arrecadado para a campanha vencedora, que usa a verba para num infalível  esquema de  compra de votos. Arrecadou mais, pagou mais. Pagou mais, levou. Simples assim.”
O novato que ingressa na política com ilusões de mudança, logo muda de idéia e passa a  concordar com o velho político, que revela: “Não sou funcionário do povo, não. Essa é uma visão distorcida da política disseminada – eu admito – por nós mesmos para bajular a gente que pensa que nos elegeu. Sou funcionário do meu partido.
Devo obediência às minhas lideranças  partidárias, é a elas que me reporto e cabe a elas definir os rumos da minha carreira. Os líderes  do meu partido são, portanto, meus chefes – não o povo.”
Desse jeito já sabemos qual será o resultado: POVO  1  e  POLÍTICOS  7.

Glória Piletti

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