Editorial

A crise da água e o papel de cada um

É óbvio que a crise da água é conseqüência de falta de planejamento por parte do Governo do Estado de São Paulo. Assim como está claro que ela só chegou às proporções atuais graças à estiagem que nossa região vive. Porém, neste caso, temos de parar de culpar apenas políticos e observar nossa responsabilidade, além de aproveitarmos a oportunidade para nos reeducarmos frente a escassez de recursos naturais que nós mesmos estamos provocando. Com toda calamidade divulgada dia após dia em todos os meios de comunicação, ainda hoje não é difícil ver pessoas lavando suas calçadas ou desperdiçando água molhando quintais ou estradas de terra. Não é possível que seja de informação, uma vez que a crise de falta d’água está estampada em todas as manchetes jornalísticas, ainda que o Governador, talvez por motivos eleitorais, não tenha decretada a calamidade pública ainda. Muitas pessoas, de forma equivocada, argumentam que a crise não chegou. Mas, como mostra informação divulgada pela Ong S.O.S Itupararanga nesta edição de Voz de Ibiúna, além de níveis baixíssimo, nossa maior represa está sendo considerada ruim e péssima, em relação à poluição que produzimos. Ou seja, além de usarmos mal a água que temos, ainda despejamos tudo o que descartamos indevidamente em nossos mananciais.Foi até interessante uma ação ambiental realizada no Rio Sorocaba, nos últimos dias, mostrando que, com a seca, foram retiradas toneladas de garrafas pet de locais onde antes era até impossível ver. Ou seja, foi possível limpar o rio com eficiência apenas quando não havia mais rio. O que não percebemos é que, ao bradarmos nosso direito à posse, à individualidade; que ao satisfazermos nossas necessidades de consumo desenfreado e surreais, estamos fazendo mal a nós mesmos, a outros seres viventes, ao planeta atual e às futuras gerações. O que mais será preciso para compreendermos isso e mudarmos nossa postura?Talvez a resposta esteja no pensamento brilhantemente elaborado pelo Greenpeace: Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, muitos irão entender que dinheiro não se come. Boa leitura!

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