Clima de insegurança no funcionalismo da saúde
por Dr. Jodi Tanaka
No dia 25 de janeiro, data do aniversário da cidade de São Paulo, o prefeito Eduardo reuniu-se pela primeira vez com os funcionários do Hospital. Num ambiente totalmente inadequado para reunião. Dominada por um clima de tensão e revolta , com farta munição disparada em forma de denúncias , críticas contundentes e acusações recíprocas . Um verdadeiro cenário de Lavagem de roupa suja. O prefeito Professor Eduardo procurou ouvir a todos pacientemente como é de seu estilo, explicando com muita sabedoria que reconhece que o problema é extremamente grave, porém deixando bem claro que não é o responsável pelo caos atual. “Fui eleito para solucionar o problema de forma gradual e sem radicalismo. Precisamos de todos que estejam dispostos a colaborar no desenvolvimento da Saúde”, disse, sob aplausos. Conversando com os funcionários de diversas áreas ficou evidente que existe duas facções se confrontando no meio do funcionalismo da saúde. Uma facção inteiramente montada pelo ex-secretário da saúde NOTA 10 e a outra de funcionários CONCURSADOS estruturada pelo longo do tempo. Os concursados , por sua vez, se queixam que os da IBIS recebiam em dia além de, receberem salários mais elevados, consideravam-se hierarquicamente superiores perante os demais. Outros exerciam funções sem nenhuma qualificação profissional exigida pelo cargo. Surgiu até uma denúncia de funcionário com Atestado de Saúde, trabalhando em outro local , neste caso, o responsável reagiu de imediato alegando total inércia do Departamento Jurídico. Um dos médicos queixou-se de que após o resultado das eleições simplesmente parou de receber mas sabe de casos de colegas que trabalham só recebendo à vista, em detrimento dos que cumprem as suas obrigações, como é o seu caso.
Aqui cabe um esclarecimento, os médicos, recebiam uma parte como concursado pela prefeitura e outra parte como contratada da IBIS.
Por outro lado, os funcionários da IBIS se queixam que deixaram de receber logo após resultado das eleições. Estão angustiados por desconhecerem seus destinos. Acusam os concursados de fazerem corpo mole porque não podem ser exonerados. Apontam ainda que alguns médicos concursados como plantonistas, no entanto, trabalham apenas algumas horas nos ambulatórios e recebem integralmente como plantonistas numa desesperadora situação de absoluta falta desses profissionais. Sob o ponto de vista jurídico o problema é da IBIS. No entanto, o problema acabou sobrando para o prefeito Eduardo porque a Prefeitura por sua vez tem contrato firmado com a IBIS. E o setor de saúde vive esse paradoxo: queremos outras mudanças “para ontem “ e outras nem sabemos ainda como implantá-las.
Felizmente a reunião acabou num diálogo que tornou-se mais efetivo e respeitoso; ficou acordado que é necessário mais reuniões de comunicação entre funcionários e a Administração. Confirmando a tese de que em casa em que falta pão, todos reclamam e ninguém tem razão.