Editorial

Fábio Bello e a sujeira em Tietê

É cada vez mais estrondoso o vexame político protagonizado pelo ex-prefeito Fábio Bello de Oliveira (PMDB). Desta vez, o político, que teve a maioria dos votos em Ibiúna, está envolvido em um escândalo na cidade de Tietê. A questão agora é por conta de uma empresa – Nova Limpeza, Limpeza e Coleta de Resíduos LTDA – criada por ele que, com menos de 15 dias e sem nenhum funcionário, conseguiu um contrato emergencial naquele município para limpeza de unidades escolares e vias públicas. A 1ª Vara Judicial do município acatou pedido de liminar do Ministério Público e tornou indisponível os bens do ex-prefeito e também de sua esposa, Deize de Oliveira Simão. A ação civil pública pede ressarcimento de R$ 38 milhões aos cofres públicos, por contratação irregular da empresa que hoje está em nome da mulher e uma das filhas do casal Bello de Oliveira. Em cerca de 4 anos, a Nova Limpeza recebeu em torno de R$ 12 milhões dos cofres de Tietê. O prefeito de Tietê, assessores e também o ex-secretário de saúde nos três meses em que Fábio ficou à frente da prefeitura, Reginaldo Ribeiro, também tiveram bens bloqueados.A partir desta bomba, Fábio Bello, que já estava impedido de disputar cargos eletivos por conta da ação de improbidade que impediu sua posse como prefeito em Ibiúna, começa a cambalear politicamente e virar dúvida entre seus próprios apoiadores e antigos companheiros. Ainda cabe recurso, mas, certamente, é mais um balde de água fria  – para o ex-prefeito.

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