Em 24 de Março de 1857, Ibiúna se tornou município
A freguesia de Una, atual Ibiúna, foi fundada em 29 de agosto de 1811, pelo capitão Salvador Leonardo Rolim de Oliveira. No entanto, a emancipação política e a autonomia administrativa ocorreram em 24 de março de 1857, quando a antiga Una foi elevada à categoria de município passando então a condição de vila. Em 31 de outubro de 1857 era criada a Câmara Municipal, que foi declarada instalada em 31 de dezembro de 1857. Entretanto nunca foi encontrado nenhum registro de nomeação do presidente da câmara municipal até 1890, quando de fato ocorreu a nomeação do presidente da Câmara Municipal. Ficou então um hiato desconhecido de cerca de 33 anos. Sabe-se apenas que nesse espaço de tempo alguns cidadãos se declaram Presidente da câmara mesmo sem a competente nomeação pelo departamento do governo do Estado. A verdadeira nomeação do Presidente da câmara que se tem conhecimento, ocorreu em 1890. Fortunato Vieira de Camargo (Fortunatinho), assumiu a presidência da câmara e também a intendência municipal, tornando-se o primeiro presidente da câmara e o primeiro prefeito intendente do município. Sua administração ficou marcada pela construção do majestoso prédio da delegacia de polícia e cadeia pública inaugurada em 1896 e que atualmente abriga o fórum da comarca de Ibiúna, a construção do muro do cemitério da Paz, e ainda com a edição da lei Nº80 de 25 de agosto de 1892, foi criada a comarca de Ibiúna que acabou sendo extinta em 1938. A sede municipal ou seja a Vila de Una foi elevada a categoria de cidade pela lei estadual Nº38 de 19 de dezembro de 1906. Ainda pelo decreto estadual 14334 de maio de 1944, o município e a sede passaram a denominar-se “IBIÚNA”. A primeira eleição municipal pelo voto direto e secreto foi realizada em 1947, sendo eleito Prefeito municipal o senhor Jamil Juni para o período de 1948 a 1951, e mais tarde eleito novamente para o período de 1960 a 1963. Suas duas administrações ficaram marcadas pela festa da reinstalação da comarca em 25 de janeiro de 1963, o inicio da implantação da rede coletora de esgotos, abertura de estradas municipais e construção de escolas na zona rural , além das construções dos prédios da E.E Scalamandre , E.E Laurinda Vieira Pinto, E.E Infantil Hora Alegre, Posto de Saúde, Casa da agricultura entre outras obras. Para o período de 1913 a 1916, foi eleito prefeito municipal o professor Eduardo Anselmo Domingues Neto, de honestidade comprovada, inteligente, na qual o povo de Ibiúna deposita confiança e a esperança de uma eficiente e profícua administração, mesmo ante as precárias condições em que recebeu o município. A verdade é que as duas últimas administrações deixaram o município em estado de insolvência, praticamente falido o que de fato dificulta uma administração mais dinâmica e a altura do que merece o povo de Ibiúna.
José Gomes (Linense)