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A mulher na construção do futuro

“A mulher na construção  do mundo futuro “ é  o  título de um dos primeiros livros da escritora Rose Marie Muraro. Nessa  sua obra ela cita três fenômenos que caracterizam a nossa época. O primeiro é a  gradual ascensão econômico – social das classes trabalhadoras.

O segundo é o ingresso da mulher na vida pública. A mulher, observa Rose, “torna-se cada vez mais  cônscia  da própria dignidade humana, não aceita ser mais tratada como objeto ou instrumento, reivindica direitos e deveres consentâneos com sua dignidade de pessoa, tanto na vida familiar como na vida social.

O terceiro fenômeno é a evolução da sociedade humana para um padrão social e político onde já não haverá povos dominadores e povos dominados. E, também, não haverá pessoas dominadoras e pessoas dominadas.

A mulher que, tanto no plano biológico como no psicológico é a guardiã da pessoa, tem um papel fundamental a cumprir para que a citada evolução realmente ocorra. São as mulheres, diz Rose, que condicionam a evolução de um grupo humano. “A cadência  de desenvolvimento de um grupo humano  dado é rigorosamente determinada a longo prazo pela cadência de desenvolvimento  de seu elemento feminino.”

Em todo e qualquer grupo, se o elemento feminino evoluir rapidamente, o grupo  ev oluirá depressa. Mas, se as mulheres não evoluírem ou evoluírem lentamente, o mesmo ocorrerá com o grupo.

Torna-se cada vez mais evidente a importância do papel da mulher na construção do mundo futuro. Tanto que, segundo a citada autora, “ o salto qualitativo que a humanidade  terá que dar, ou será feito pela mão da mulher, ou não se fará”

Isso tem a ver com o fato de que as mulheres estão mais ligadas a pessoas que a objetos. Elas estão mais  centradas nas relações com as pessoas e mais capazes de empatia com o diferente. Enquanto isso, o homem, está mais ligado a objetos que a pessoas e, no processo de produção, tende a tratar as pessoas como objetos, como “material humano”.

Assim, para que tenhamos uma sociedade mais centrada nas pessoas, será fundamental a participação da mulher. Ou melhor, da mulher e do homem, juntos.

Gloria Piletti

 

 

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