Tire suas dúvidas sobre Infecção Urinária na gestação
A infecção urinária é tão frequente quanto se imagina. Ela está entre as infecções mais comuns no ser humano, perdendo apenas para as gripes. Trata-se de uma patologia que afeta qualquer parte do aparelho urinário, indo desde os rins e a bexiga até a uretra.
O antecedente da infecção urinária é fator de risco para contraí-la, por esse motivo, pacientes que têm histórico familiar devem tomar mais cuidado. Além disso, a doença atinge mais as mulheres porque a vagina fica mais próxima ao ânus e a uretra mede 3 cm, enquanto que a dos homens 20.
Mas, você sabia que as mulheres grávidas estão ainda mais propensas a ter infecção urinária?
Segundo o Dr. Leopoldo Vieira, ginecologista obstetra e mastologista do Hospital San Paolo, devido às alterações fisiológicas decorrentes da gravidez, como a dilatação dos órgãos que compõem o sistema urinário, diminuição do espaço para a bexiga, diminuição da resposta adrenérgica vesicuretral e baixa imunidade, entre outras, as gestantes são mais suscetíveis a complicações e sequelas graves decorrentes das infecções do trato urinário. Em alguns casos, o mal acaba interferindo no bebê, podendo provocar o parto prematuro e até a mortalidade perinatal.
O especialista alerta “durante todos os meses da gestação, a mãe deve se preocupar, porque além de fator de risco para aborto, nos meses subsequentes, a infecção é um fator predisponente para prematuridade e retardo do crescimento fetal intra-uterino, com consequente baixo peso ao nascer.”
Os sintomas são semelhantes aos de mulheres não grávidas, sendo que a bacteriúria assintomática (tipo de infecção mais comum) é observada em cerca de 5% das gestantes, com taxas variando entre 2,5% e 15%. É importante em todos os casos a intervenção médica para o tratamento adequado e responsável.
Para se prevenir, além de tomar a maior quantidade possível de água e fazer xixi, é adequado que durante o pré-natal a mãe faça o exame de urina, pelo menos, uma vez a cada trimestre. Também é importante manter uma higiene adequada, devendo-se evitar uso de duchas ou banhos de assento pelo maior risco de contaminção.
O tratamento da infecção se dá através do uso de antibióticos sob prescrição médica.