Represa

Números que impressionam e mudam o cenário da represa

Estes poucos dias de novembro já trouxeram números expressivos que mostram mudanças na situação do reservatório de Itupararanga. Aqueles dias de estiagem e calor extremo deram lugar a uma semana de muita chuva, com volumes que encheram os rios que abastecem a represa.

Conforme publicado pela ONG no último dia 12 (terça-feira), a Itupararanga está com 79,08% de seu volume, passando da cota 821m registrada em 31 de outubro para a cota 822m. A vazão média de entrada de água nestes primeiros dez dias do mês está em 41,49m³/s, ultrapassando 4 vezes a vazão esperada para o mês, que é de 9,80 m³/s. Apenas no dia 08, esta marca chegou a 87,72m³/s.

De acordo com a regra operativa que está sendo aplicada desde 2023, Itupararanga está no estágio Livre 2, que passa a não determinar um valor fixo para a vazão máxima de saída. Esta vazão passa a ser calculada conforme os volumes de água que entram na represa. Como exemplo, entre os dias 05 e 10 de novembro, quando foram registrados os grandes volumes de chuva, as vazões de saída variaram entre 9 e 11 m³/s. A CBA esclareceu que esta operação faz parte da gestão do reservatório, e tem como objetivo principal regular a vazão para evitar o vertimento de água pelos arcos da barragem, conforme determina o Plano de Ação de Emergência da Usina Hidrelétrica de Itupararanga. Questionada pela SOS Itupararanga sobre o uso dos pranchões para eventualmente, aumentar a capacidade de reserva de água, a empresa informou que o uso destes dispositivos também está previsto no plano, mas como uma medida excepcional, e que todos os cálculos devem atender à lei de segurança de barragens.

Os registros foram apresentados na reunião do Grupo de Trabalho de Crise Hídrica, do qual a SOS Itupararanga faz parte desde 2021, quando foi criado para discutir a situação de escassez de água que atingia a região à época.

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