Editorial

Fim da turbulência em Ibiúna

Dias após ter conseguido vitória no Tribunal Superior Eleitoral, no fim de junho, o ex-prefeito Fábio Bello de Oliveira promoveu uma grande carreata no centro da cidade, realizando, inclusive, um efusivo discurso de posse. Tal atmosfera também tomou conta da internet, se multiplicou em alguns bairros e chegou até em outras cidades, comprometendo muito a atual administração e o andamento do serviço público. Até nas proximidades do Paço Municipal, rojões eram diariamente lançados com o objetivo de aterrorizar psicologicamente aqueles que queriam apenas continuar desempenhando sua função com tranqüilidade na administração.

Fábio Bello tem todo o direito de buscar provar sua inocência, mas daí confundir seus eleitores fazendo discurso de posse, sem nada definido, já é extrapolar o limite do bom senso e da democracia; é criar um ambiente daqueles que, em outros países, já teriam desencadeado uma guerra civil.

Passada a turbulência do entra ou não entra, os partidários do ex-prefeito começam uma série de denúncias pela internet. Grande parte, infundada, acaba sendo desmascarada e se volta contra os próprios denunciantes.

Se por um lado uma campanha de denúncias teve início, por outro, os “fabianáticos” se revoltam contra a decisão da justiça local, que, diga-se, apenas cumpriu o preceito de que, se o pleiteante ao cargo público não tem condições legais de assumir (visto suas condenações e processos), simplesmente não assume.

Mas ainda assim, os simpatizantes do ex-prefeito dizem que a vontade da maioria não foi respeitada. Mas o que eles não entendem é que esta maioria é relativa. Se cerca de 19 mil pessoas votaram para Fábio Bello, mais de 1 milhão de pessoas assinaram o documento que fez criar a Lei da Ficha Limpa, no qual Bello estaria enquadrado.

O prefeito Eduardo, a partir de agora, terá fôlego para acertar a casa e planejar o futuro que Ibiúna precisa para trilhar o caminho do desenvolvimento, que ficou ameaçado por incertezas políticas promovidas por grupos que, ao que parece, tinham mais interesse no caos do que na organização.

 

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