O que esperar de 2024
Editorial
Finalmente livre da pandemia do Coronavírus, 2023 está indo embora. Um ano em que, apesar de livre das mortes em massa por decorrência do vírus, a natureza não deixou de expressar sua força em consequência da imprudência humana. Principalmente no segundo semestre, as altas temperaturas, acompanhadas de fortes chuvas e vendavais, também ocasionaram mortes e destruição. Muita coisa aprendemos nos últimos anos, desde janeiro de 2020, com as primeiras notícias de que um possível vírus com incidência na China poderia alcançar o mundo todo, e assim se fez – causando a maior crise sanitária dessa geração, ceifando milhões de vidas em todo o planeta. Os anos de 2021 e 2022 – ainda que com menor intensidade – tiveram consequências pandêmicas, mas, o ano que ora chega ao fim, será histórico porque no mês de maio a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o “fim da pandemia”.
Livre do pesadelo, 2024 iniciará – o primeiro dessa década – sem o caos mundial da pandemia. Esse fato, por si só, é motivo para festejar muito nas festas de fim de ano: podemos abraçar, beijar, nos reunir e fazer aquela festa que, nos anos anteriores, estiveram ameaçadas ou até proibidas por conta do Coronavírus. Como é bom saber que o isolamento não faz mais parte de nossa rotina e não estamos mais sujeitos as restrições do governo sobre as fases azul, amarela, verde ou vermelha.
Com o fim da pandemia, no entanto, a grande questão que se faz: o que aprendemos com ela? Muitas lições podem ser tiradas da crise sanitária que vivemos, mas a maior de todas é a de que longe um do outro a vida não tem o mesmo brilho; somos carentes da companhia, do afeto e de podemos conversar face-a-face, mesmo com todo avanço tecnológico que nos permite, por vídeo, falar com outra pessoa em qualquer lugar do mundo, em tempo real. O princípio bíblico expresso ainda no livro do Genesis (origens) é verdadeiro para muitos de nós, nele disse Deus: “não é bom que o homem viva só” (Gn 2:18).
2024 começaremos livre de qualquer restrição; estamos convivendo ‘normalmente’, ainda que, tenhamos que lamentar fatos como os que ocorreram em nossa cidade recentemente: por uma dívida, um pai matou um filho; sem qualquer razão, um homem deu um soco no rosto de uma jovem, no centro da cidade, a luz do dia; acidente de carro vitimou fatalmente um jovem de 16 anos no domingo (17) e tantas outras notícias que nos entristecem. A pandemia foi embora, mas a imprudência humana continua, infelizmente.
Poderíamos usar este espaço, o último do ano, para fazer uma reflexão sobre os erros e acertos da administração municipal, das projeções para a eleição do próximo ano e tantas outras coisas; mas, para nós, o fato mais marcante de 2023 é o de que estamos livres, finalmente, da pandemia que tirou a vida de pessoas e nós, no entanto, temos a graça de estarmos vivos. Precisamos, assim, celebrar a vida, a nossa e a de quem amamos, contemplar o futuro com esperança e procurarmos, sempre, sermos felizes. O que nós, do VOZ, desejamos a você em 2024: seja feliz!
Não poderíamos finalizar o último editorial do ano sem agradecer a cada colaborador anunciante que prestigiou o nosso trabalho no decorrer de 2023 – o jornal só existe graças a vocês. E aos leitores que, assiduamente, acompanham as notícias de Ibiúna por meio do nosso periódico, bem como as opiniões aqui publicadas. Finalizamos mais um ano na certeza de que, em 2024, faremos a cobertura de mais um ano eleitoral municipal.
Uma boa leitura a todos e até 2024!