Segurança em debate: onda de furtos preocupam
Editorial
Na última reunião do Conseg e em audiência realizada ontem (14) com representantes da comunidade e autoridades, o assunto da vez é uma onda de violência que está atemorizando o comércio do centro da cidade; são pequenos furtos e outros delitos que tem preocupado os comerciantes, como expressou o presidente do Conselho, Marcelo Zambardino. Uma lanchonete na Praça da Matriz foi alvo dos bandidos na noite do último domingo. E o fato está se repetindo com mais frequência. A situação, segundo Zambardino, é “extremamente preocupante”.
Apesar dos últimos episódios, há uma ‘falsa’ sensação de segurança nos números da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) que se dá pela falta de registros dos pequenos delitos. Furtos que não são registrados na Delegacia não entram nas estatísticas e prejudicam o trabalho das autoridades de segurança ao planejar o policiamento ostensivo e preventivo no município. Por isso, sendo vítima de qualquer tipo de furto é preciso fazer o Boletim de Ocorrência (BO), já que é por esse registro que as autoridades interpretam a situação da segurança no município.
A participação da comunidade nas discussões relativas as ações de segurança é fundamental para que as medidas preventivas possam ser implementadas. Por isso, o Conseg se reúne todo o mês, com a participação de qualquer interessado em apresentar a sua queixa ou reivindicação diretamente as autoridades, que também participam das reuniões. É preciso denunciar qualquer atitude suspeita e colaborar com as autoridades.
Também é necessário a cobrança das autoridades públicas em relação a melhorias na infraestrutura urbana que inibem a ação dos marginais, como melhorias na iluminação pública, câmeras de monitoramento em locais estratégicos, efetivo policial condizente com o tamanho do município e outras ações que demandam planejamento e recursos para serem implementadas.
É somente com a participação da sociedade e com o empenho do poder público que tornaremos nossa cidade mais segura; é preciso reconhecer a dificuldade em se realizar o policiamento em um município com a extensão territorial e a descentralização de Ibiúna, com bairros com características urbanas distantes do centro. Também ontem, nas redes sociais, a Prefeitura de Ibiúna publicou um post informando que a Guarda Civil Municipal (GCM) de Ibiúna está intensificando o policiamento na área central, justamente para coibir furtos. Esperamos que, de fato, dê resultados.