Violência, discurso de ódio e fake news
Por Carolina Saito
Antes do início oficial das campanhas eleitorais já vivemos um clima de grande preocupação e consternação, principalmente pelo assassinato do guarda civil petista de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, por um bolsonarista. A Polícia Civil do Paraná encerrou o inquérito afirmando que não houve crime político, apesar do assassino Jorge José Guaranho ter chegado ao local manifestando apoio a Bolsonaro e xingando os petistas.
Muitos analistas políticos, cientistas e jornalistas já vinham alertando para os maus exemplos dados por quem está no poder. Os ataques de Jair Bolsonaro aos opositores, ameaçando “fuzilar a petralhada – simulando segurar uma metralhadora – incentivam a intolerância e dão aval para os bolsonaristas truculentos agirem. Tanto é que o presidente não demonstrou compaixão, solidarieda-de e respeito pela família da vítima. E não demorou a tomar partido do criminoso e culpar a vítima.
O discurso de ódio e as fake news se intensificaram nas últimas semanas conforme o presidente Bolsonaro aparece em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto. Dentre muitas mentiras divulgadas pelos bolsonaristas, a de maior repercussão é a que relaciona o PT e o PCC ao assassinato de Celso Daniel.
Diante da ação do PT junto ao Tribuna Superior Eleitoral (TSE) contra as fake news, o Ministro Alexandre de Moraes concedeu uma liminar ordenando a retirada dos conteúdos mentirosos do ar e estipulando uma multa de R$15 mil aos bolsonaristas disseminadores de mentiras. O Ministro Alexandre de Moraes deixou claro que as ações contra as mentiras e difamações têm como objetivo a defesa da ordem constitucional, da democracia e do Estado de Direito. Esperamos que assim não se repita o triunfo da mentira como aconteceu na campanha eleitoral de 2018.
Ao optarem pela violência para intimidar os adversários que consideram inimigos a serem eliminados e pela mentira, os bolsonaristas e seu líder adotam práticas semelhantes aos dos fascistas da Itália de Mussolini e aos dos nazistas da Alemanha de Hitler. Já conhecemos a tragédia que tudo isso causou. O discurso de ódio e as mentiras impedem a união, separam as pessoas por questões ideológicas, raciais, religiosas, de gênero. Não é por acaso que até adversários políticos estão se unindo em torno da campanha de Lula, pois essa luta é de todos que defendem a democracia e o Brasil.