A triste realidade política ibiunense
Lamentável o momento de indefinição da política ibiunense. De um lado, um político que obteve a maioria dos votos nas últimas eleições, mas que pesa sobre si processos por improbidade administrativa que, pelo menos até o primeiro semestre, asseguraram sua inelegibilidade. De outro, um prefeito legalmente empossado que teve até aqui apenas seis meses para mostrar serviço. Quem ganhou e quem venceu até aqui? Certamente não foi a população, que vive sob a incerteza de que rumos a política local deve seguir nos próximos três anos e meio.
Fábio Bello é experiente. Foi prefeito por duas vezes e conseguiu manter, mesmo afastado da administração pública, alta popularidade entre os eleitores ibiunenses. Fez parte do pleito eleitoral mesmo tendo sua candidatura impugnada e disse, até o último momento que antecedeu à votação, que tomaria posse, caso tivesse o maior número de votos. Ao menos naquele momento, estava errado.
Já o professor Eduardo enfrenta as crises de um primeiro mandato turbulento, com uma herança de R$ 85 milhões em dívidas, deixada por seus antecessores, inclusive o próprio Fábio Bello de Oliveira. Lembrado sempre entre seus eleitores por sua necessidade, pairavam dúvidas, até o momento em que assumiu, sobre se teria pulso para conduzir a prefeitura em um momento tão delicado.
Até que a situação se desenrole, a população é quem acaba pagando a conta de toda esta disputa política, uma vez que professor Eduardo e Fábio Bello têm maneiras muito diferentes de conduzir a cidade de Ibiúna. Que ao final deste embate, que não seja nosso querido município uma terra arrasada por uma guerra que parece não ter fim.