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Será que estamos preparados para flexibilizar?

Jodi Tanaka

Após recordes de mortes superadas diariamente, o governo Bolsonaro tentou proibir a divulgação do número de vítimas do COVID 19, justamente, no dia em que se contabilizou horripilante cifra de um morto por minuto. Os gráficos oficiais apontam subida contínua da curva indicando que não é momento ideal para flexibilizar a quarentena, sob o risco de avançar as mortes de modo exponencial com resultados imprevisíveis. Vale lembrar que corremos risco de colapso no atendimento hospitalar.
É sabido por todos que no interior há falta de leitos para Terapia Intensiva (UTI). O problema é resolvido enviando as vítimas às capitais, os municípios, em sua maioria, estão despreparados para o próprio atendimento e muito próximo do esgotamento. Em meio a tantas incertezas, parece prematuro flexibilizar a quarentena até começar a inflexão da curva. A situação tornou-se mais preocupante com a recente tentativa do Ministério da Saude de não divulgar a estatística diária. Sonegando informações que permite saber onde o vírus está mais atuante. Felizmente o clamor popular fez o presidente voltar atrás.
Agora que as porteiras estão abertas, o vírus tem carona gratuita para atingir qualquer região do Brasil, cumprindo sua missão de seleção da espécie.
Quantas vidas serão eliminadas?

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