Coronavírus: Ibiúna chega a 125 casos positivos e 11 mortes
Ibiúna está entre as cidades da região com o maior número de óbitos da região pelo novo Coronavírus. Até a tarde de ontem (9), a Prefeitura divulgou o boletim epidemiológico com 11 óbitos e 125 casos confirmados. Dos infectados, 96 estão curados e 29 ainda com a doença. Há ainda um caso suspeito internado e mais dois óbitos suspeitos por COVID-19. 65 ainda aguardam resultados dos exames. O município possui mais casos do que cidades como São Roque, Mairinque e Piedade. Já o número de óbitos está acima também de Vargem Grande Paulista, com 10. Votorantim divulgou 13 óbitos confirmados – 02 a mais do que Ibiúna. As informações estão atualizadas até a tarde de ontem (9), segundo portais oficiais dos municípios mencionados.
Segundo a secretaria municipal de Saúde, o cenário é resultado da “morosidade na emissão dos resultados de exames coletados dos óbitos suspeitos, por parte do laboratório responsável por esse levantamento”. O VOZ enviou algumas perguntas a Prefeitura para esclarecer dúvidas de munícipes. Sobre o Hospital de Campanha, a Prefeitura informou que o funcionamento da unidade começou a ser operacionalizado no dia 27 de abril, com 26 leitos cadastrados na Diretoria Regional de Saúde (DRS), “sendo que, para 10 deles, a municipalidade solicitou habilitação e credenciamento para UTI – sendo que cinco deles já estão totalmente equipados para tal finalidade”, explicou o secretário Samuel Rodrigues da Silva. Ele disse ainda que o quadro de funcionários do Hospital de Campanha é implementado na medida em que a ocupação dos leitos aumenta, “para que não haja despesas desnecessárias com pessoal. No momento, não há déficit de colaboradores na estrutura”.
Sobre a reabertura do comércio, o secretário pontuou que “todas as decisões nesse sentido são tomadas de acordo com as diretrizes e leis que regem as esferas Federal e Estadual. Além disso, desde o início da pandemia, o prefeito João Mello formou um comitê de crise e enfrentamento do Covid-19. Esse grupo é formado por secretários municipais, representante da Câmara dos Vereadores, Associação Comercial, OAB e lideranças religiosas. A flexibilização, além de seguir o que determina o Estado de São Paulo, foi discutida pelo comitê tendo como base os excelentes resultados do município no distanciamento social, além da observância de outros indicadores avaliados pela Secretaria de Saúde e Vigilância Epidemiológica, como números de casos novos de Covid-19 no período de sete dias”.
Fiscalização de deputados
Após deputados do grupo de Parlamentares em Defesa do Orçamento (PDO), liderados pelo deputado Sargento Neri (Avante), definirem o Hospital de Campanha de Ibiúna como uma “Pandemia dos Gastos Públicos”, em visita realizada no dia 2 de junho, a secretaria municipal de Saúde, “a informação repassada pelos deputados não confere. O contrato diz que o Município pode gastar até R$ 1,3 milhões com o Hospital de Campanha. A ação dos deputados do grupo intitulado PDO tem sido contestada e repudiada com frequência. O grupo é acusado de faltar com a verdade e disseminar fake news. Os mesmos deputados que falaram inverdades sobre Ibiúna acusaram o Hospital de Campanha do Anhembi (SP) de estar ‘vazio’. No entanto, ficou provado que, no dia da visita do PDO, a estrutura contava com 407 pacientes internados. Os tais deputados filmaram uma única ala – que de fato estava sem pacientes por não haver demanda para montagem de leitos naquele momento – e acusaram a gestão daquele município de ser irresponsável com o dinheiro público. Situação muito semelhante o PDO desempenhou em Ibiúna, ao afirmar que nosso Hospital de Campanha seria uma “barraca vazia”, mesmo contando com oito pacientes internados naquele dia. A Agência Lupa, especialista em desmascarar fake news, desconstruiu toda a ação do PDO, conforme pode ser consultado no portal Piauí, do Jornal Folha de São Paulo”, acusou a Prefeitura.
Sobre as compras de testes rápidos e equipamentos hospitalares, a Prefeitura de Ibiúna informou que os testes já estão à disposição da municipalidade. “No entanto, eles ainda não podem ser largamente disponibilizados aos munícipes por orientação do DRS de Sorocaba. Deverão ser testados, primeiramente, profissionais da linha de frente do combate ao Covid, como agentes de saúde e segurança. O teste rápido poderá ser liberado aos munícipes caso haja uma contaminação comunitária e, ainda assim, com liberação do órgão regional de saúde”. “Os materiais foram comprados para profissionais da linha de frente e que estão expostos integralmente aos pacientes internados ou com casos confirmados de Covid-19”.