Colunistas

Noiva Azul que te quero bem

Professora Luiza

Mais um ano se passou, e a Noiva Azul ainda espera por ser desposada. Enfeitada com seu véu de vales e florestas, aguarda o dia em que serás verdadeiramente amada. Às vezes chego a pensar que está ali, abandonada a própria sorte, esperando alguém que a possa amar; outras vezes tenho a impressão de que fora abandonada ao altar, pois tudo ofereceste e em troca recebes a ingratidão de quem tanto precisa de ti… Quando chegarás o teu amado? Quando chegarás o teu príncipe, valente guerreiro, que lutará pela tua honra e para que sejas próspera? Mãe de milhares de homens e mulheres, dona do solo que acolhe e tudo dá, autora de uma natureza invejável e ainda assim, rejeitada por quem deveria te defender.
Parabéns à você Ibiúna, nesta data tão querida; mas te desejo muito mais que felicidades e muitos anos de vida: desejo que seus filhos e filhas tenham coragem de lutar por ti; que seja liberado o grito de “basta” sobre todos os que te exploram e que o teu noivo seja preparado especialmente para devolver a alegria do teu existir. Desejo que o teu perfil de Suíça e Guanabara seja reconhecido nas tuas paisagens e que a fortuna do teu chão e do teu clima sejam para ti e para o teu crescimento e não mais para alimentar homens que trazem promessas e depois te abandonam a deriva. Desejo que as tuas bodas aconteçam Noiva Azul, e que possamos festejar por anos e anos. Te desejo promessas cumpridas e dedicação; te desejo respeito e auxílio. Que as dificuldades façam parte do seu passado e que esse mesmo passado seja fonte de aprendizado e reflexão. Seja fértil Terra Preta e que dentre os teus frutos esteja a promessa de um futuro feliz.

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