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Carina Vitral, estudante de Economia, é a nova presidenta da UEE-SP

Eleição ocorreu na tarde deste domingo, 16, durante o 11º Congresso da UEE-SP

Aos 24 anos, a estudante de Economia da Unip Carina Vitral se tornou, na tarde deste domingo (16/6), a principal voz do movimento estudantil paulista. Candidata pelo Movimento Bloco na Rua, ela foi eleita por universitários de todo o Estado – com 70,2% dos votos – para o cargo de presidenta da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), em votação realizada durante o 11º Congresso da UEE-SP na cidade de Ibiúna (SP).
A jovem, que é filiada ao PCdoB, integrou a diretoria da União Nacional dos Estudantes (UNE) e já é conhecida entre os estudantes pela atuação incisiva e pela força de suas palavras. Carismática, Carina falou com propriedade ao expor as bandeiras de sua gestão aos estudantes participantes do 11º Congresso da UEE-SP. “O Estado de São Paulo vai na direção oposta do resto do país. Aqui a universidade é dominada pelo capital estrangeiro. Essa supremacia do ensino superior privado não garante a qualidade do ensino, ao passo que favorece o aumento constante das mensalidades”.
Segundo Carina, a regulamentação do ensino superior privado será o primeiro assunto a ser colocado em pauta durante sua gestão. Essa regulamentação, em sua opinião, é urgente e essencial para acabar com os desmandos dos grupos que dominam o ensino privado no Estado. “Parte desses grupos tem a maioria do seu capital investido na bolsa de valores ou dominado por capital estrangeiro, como é o caso do grupo Kroton e Anhanguera, que juntos dominarão um milhão de matrículas do ensino superior. Isso é muito grave, principalmente porque ultrapassa o número de matrículas total nas universidades públicas. Não é só um grupo que vai visar o lucro em troca da oferta de serviços educacionais, mas sim, um grupo que não tem nenhum compromisso com a nossa soberania, com desenvolvimento da tecnologia e a produção de conhecimento avançado”, concluiu Carina.
Outro tema que merece atenção especial é o sistema de cotas. Para a presidenta da UEE-SP, o programa criado pelo governo do Estado de São Paulo para atender a esse dispositivo de inclusão, denominado PIMESP (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista), é um projeto conservador. “Ao invés de criar cotas para a inclusão de seus estudantes, o governo de São Paulo criou o PIMESP, um programa conservador. Precisamos revolucionar São Paulo, e é essa juventude que ousa lutar, que é aguerrida, que vai às ruas, é que vai derrotar o conservadorismo do Palácio dos Bandeirantes. Vamos mudar São Paulo e mudar o país”, clamou Carina ovacionada pelos estudantes que acompanhavam a votação.
Thatiana Miloso – Assessora de Imprensa UEE-SP
(16) 9176-4417

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