“Apertando os cintos”: o contingenciamento de verbas das universidades federais
Muitos brasileiros já devem ter se deparado com alguns impasses financeiros dentro de casa, nos quais se faz necessário “apertar os cintos”, ou seja, rever os gastos e diminuir o que for possível até que o quadro se reestabeleça. A grosso modo podemos comparar as projeções financeiras de nossa casa com as projeções financeiras de um país (repito, bem a grosso modo…). Muito embora tenhamos conhecimento da necessidade de redução, a pergunta que desafia é sempre: “Em que vamos economizar?”. A problemática está no pressuposto de que tudo é importante e de que nem sempre se torna justo classificarmos essa importância, afinal, ela se dá conforme o ponto de vista daquele que avalia e/ou está envolvido. Nos reportando ao cenário econômico brasileiro, é exatamente isso que estamos assistindo acontecer. Independente dos motivos, o fato é que a nossa economia precisa se reestabelecer e dentre muitas das ações de intervenção do governo para esse fim, uma delas afeta diretamente as Universidades Federais. Com uma redução de 30% nas verbas previstas para 2019, o impacto no cenário das instituições acadêmicas brasileiras será notável. Podemos citar como exemplo a suspensão da concessão de novas bolsas de mestrado e doutorado, ou ainda bolsas de especialização que até o momento foram extintas. De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não se pode usar o termo “corte de verbas”, tendo em vista que a intenção é que os repasses voltem a acontecer assim que a economia estiver restabelecida. O ministro da educação ainda acrescentou que se trata de “cumprir a lei de responsabilidade fiscal”. Tais decisões geram grande polêmica entre os estudiosos da área e estudantes das universidades federais. Decisão justa ou injusta? As opiniões variam de acordo com a importância que tem para cada um. Aos que estão diretamente envolvidos, uma grande perda. Aos demais, uma ação necessária. Será que existe certo ou errado nessa questão?