A Festa da Páscoa para a fé cristã
Professora Luiza
A Festa da Páscoa sempre esteve envolvida num contexto de “mudanças”. Celebrava desde suas origens, dias melhores que estavam por vir, novos momentos a serem vividos e comemorados. Para o povo hebreu, a festa da Páscoa acontecia como agradecimento pelo inverno que partia e pela primavera que chegava trazendo consigo a abundância que se podia cultivar nos campos e nos rebanhos. Seguindo a essa tradição, toda descendência de Abraão e demais patriarcas, celebravam a festa da Páscoa, que ganhou novo significado quando Moisés, aquele que foi tirado das águas, libertou o povo escolhido por Deus de sua escravidão no Egito. Mais uma vez a festa da páscoa viria celebrar uma passagem, contudo, diferente dos motivos de sua origem, agora essa celebração ganhava um sentido de libertação: passagem da escravidão para a liberdade.
Foi no Novo Testamento, no entanto, através da encarnação do Verbo Divino – Jesus Cristo – que essa festa marcou de uma vez por todas e para sempre a vida de homens e mulheres, de gerações passadas e de todas as outras que vivem e viverão neste mundo. Ao viver sua paixão, abraçar o seu calvário, morrer crucificado e ressuscitar no terceiro dia, Jesus (Deus conosco) dá um novo e eterno sentido para a páscoa: a passagem do pecado para a salvação. Em uma dimensão espiritual, trata-se de certa forma da mesma libertação da escravidão vivida pelos israelitas no Egito. Porém, os escravizadores que podiam ser enfrentados e combatidos pelo povo de Deus nas terras do Egito, são transferidos agora para todas as correntes espirituais de pecado que até então aprisionavam a humanidade. Jesus dá um novo sentido para a páscoa, como está escrito nas Sagradas Escrituras (Romanos 5,20): “Onde abundou o pecado, superabundou a graça”. A Páscoa de Jesus Cristo converteu pecado em salvação, e para todo o mundo Cristão, a páscoa é sinal de vida nova, de vitória e amor.