Há 10 dias da decisão
A eleição de 2018 está atípica por diversos motivos. O fim do financiamento empresarial empobreceu a maior parte das candidaturas. Além disso, a legislação restritiva a diversos mecanismos antes usados nas divulgações eleitorais, como os cavaletes e faixas de 4 metros, tornou o visual publicitário, antes poluído, mais suave. Bom por um lado, nem tanto pelo outro. O que se percebe é um número de pessoas ainda muito indecisas principalmente quanto a escolha de quem votar para deputados ou senadores. Tudo isso, certamente, deve tornar os próximos dias bem acirrados para a conquista do eleitor.
Com a proximidade, no entanto, o que se percebe é que o eleitor também não tem dado a importância para a escolha dos nossos representantes legislativos. Com uma maior atenção ao pleito presidencial, com uma consideração ainda pequena ao governo do Estado, os cargos legislativos, para a maior parte dos eleitores, ainda não foram definidos. O problema é que, muitos talvez ainda não se deram conta de que para um presidente ou governador do estado implantar qualquer política pública ou algum projeto que talvez tenha chamado a sua atenção, para que seja implantado, precisa de aprovação legislativa, daí a importância da escolha de um representante legislativo que tenha o mesmo viés ideológico, tanto no aspecto econômico, quanto no aspecto moral. Por isso, a importância de ter ciência de quem votar para deputado federal, estadual e senadores – lembrando que nessa eleição serão dois senadores.
O eleitor, portanto, ainda tem 10 dias para pesquisar, para se informar, para conhecer o seu candidato e decidir quem merece ser o seu representante. Afinal, um governante no Brasil sem um legislativo com uma mesma linha ideológica, vai patinar em seus planos. Por isso, a definição para escolher qual Brasil queremos para o futuro, não está, apenas, na escolha do presidente da República, mas também nos legisladores.
No quadro executivo, para a presidência, quatro são os que nutrem esperança de ir ao segundo turno, segundo os principais institutos de pesquisa do país. Jair Bolsonaro (PSL) lidera, com o petista Fernando Haddad em segundo; Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) completam os quatro primeiros. Para o governo do Estado, Paulo Skaf (PMDB) e João Dória (PSDB) estão tecnicamente empatados no primeiro lugar. Logo atrás, o atual governador Márcio França (PSB) e um pouco mais distante, Luiz Marinho (PT). A decisão é no dia 07 e está em suas mãos (e)leitor.
Uma boa leitura e até a próxima edição.