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Greve dos caminhoneiros gera prejuízos milionários aos agricultores de Ibiúna

A greve dos caminhoneiros prejudicou fortemente o mercado paulista de alface. Ibiúna foi uma das cidades mais afetadas. Agricultores do município registraram muitas perdas das folhosas que estavam em transporte quando as estradas foram bloqueadas. Além disso, conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea ao Portal Notícias Agrícolas, dificuldades logísticas impediram o escoamento da hortaliça, o que manteve a mercadoria nas roças, atrasando a colheita e afetando a qualidade das alfaces.
Os produtores paulistas que conseguiram escoar o produto na última semana não dependiam de transporte e supriram somente a demanda local.
A Cooperativa Agropecuária de Ibiúna/SP (Caisp), durante os dias de paralisação, teve dois motoristas rendidos em pontos de manifestação por sete dias. O prejuízo no faturamento foi de, aproximadamente, R$ 1,2 milhão no atendimento de seus clientes. Segundo a Cooperativa, mais de 250 funcionários e 35 motoristas tiveram suas atividades diárias canceladas, “além da perda incalculável dos produtos no campo que tiveram o ciclo de colheita interrompidos”.
Como alternativa, visando minimizar os prejuízos, a Caisp propôs fazer uma feira local dando condições para a população conhecer e comprar seus produtos que ficaram estocados. Realizada na própria sede da Cooperativa, foram comercializados diversos produtos convencionais por três dias, além dos orgânicos e higienizados a preço de custo. “Muitos ibiunenses compraram os produtos Caisp pela primeira vez, com isso, a Cooperativa enxergou uma oportunidade preciosa para atender a população local”, relatou a diretoria.
“O desafio agora é retomar o negócio, minimizando os prejuízos durante os próximos meses deste ano. Entretanto, as cicatrizes deixadas no segmento agropecuário são bastante profundas. Muitos supermercados, entrepostos e feiras dependentes do abastecimento diário sofreram com a falta das mercadorias, com isso, nas primeiras remessas, embora a procura aumentou significativamente os preços, poucos dias depois do retorno o mercado normalizou e as baixas de preços voltaram dificultando a recuperação do faturamento perdido”, explicou o diretor Newton Diniz.

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