Conseg: queimada, desmanches e pesquisa sobre violência
Na pauta da reunião do Conselho Municipal de Segurança (Conseg), realizada no último dia 3, na sede da OAB de Ibiúna, os participantes da audiência conversaram sobre diversos temas, relativos a segurança pública no município. Entre os assuntos, as queimadas foi uma das preocupações levantadas pelo sargento Joanine, da Polícia Militar Ambiental, que, segundo ele, por conta da estiagem, há muito mato seco na beira das estradas e até toco de cigarro pode ocasionar queimadas. “Em Ibiúna, por ser um território grande em extensão, sempre surgem queimadas.
Já o subtenente da Polícia Militar, Ferreira, informou que devido ao grande número de furtos no município foi realizada a operação de combate a desmanches ilegais, em conjunto entre a PM e a Guarda Civil Municipal, com o apoio do setor de Fiscalização da Prefeitura. A ação consistiu em percorrer vários estabelecimentos que comercializam peças e veículos, com o objetivo de inibir a compra de peças sem procedência. “Não foi constatado nada de ilícito nos estabelecimentos visitados, exceto alvarás de funcionamento que alguns comerciantes terão que providenciar junto a prefeitura”, declarou o tenente.
Por sua vez, o delegado Dr. Rafael de Medeiros comentou sobre a divulgação, pelo Instituto Sou da Paz, do Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV), com levantamentos feitos em 138 cidades com mais de 50 mil habitantes. O Instituto considerou as ocorrências de homicídios, latrocínios, estupros e roubos. O delegado disse que o resultado não corresponde a situação real de Ibiúna, que jamais estaria acima das ocorrências que se registram em Itapevi, Osasco, Carapicuíba e Jandira. Rafael disse que trabalhou nessa região e é testemunha ocular que os índices criminais daquelas cidades são mais elevados que Ibiúna. “Os estupros são muito altos em Ibiúna e a maioria acontece dentro da própria família por pais, padrastos. Esses dados podem ter contribuídos para o Índice de Exposição a Crimes Violentos”, concluiu o delegado.
O professor Sávio Rosa, da equipe de gestão escolar da Escola Maria Angerami Scalamandré, e a diretora da escola Laurinda Vieira Pinto, professora Jeceli Bacan, compareceram a audiência para discutir meios de segurança próximo as unidades escolares. Eles disseram que há mais de 5 anos a segurança pública em torno de suas escolas, próximas uma da outra, se agravaram. Alguns ex-alunos, adolescentes que perderam suas vagas, circulam em torno das unidades na parte externa, não respeitam os professores, comercializam entorpecentes, apedrejam seus colegas e professores pelas janelas, pulam o muro e cometem outros delitos.
Segundo os educadores, os menores apenas respeitam a presença da PM e da GCM – que não conseguem permanecer o dia inteiro a disposição das escolas.
O Conseg convida a população, autoridades, vereadores, empresários e comerciantes para participarem da próxima reunião, realizada na sala da OAB na primeira quinta-feira do mês, na Rua Amazonas, 151 – saída para Piedade.