Fim de ano de frustação e esperança
Estamos finalizando mais um ano. 2017 acabou. Os dias que restam são de festas, confraternizações e de comemorações, seja pelo Natal, festa cristã, ou pelo ano que se finda – mesmo embora as circunstâncias do momento proporcionem poucos motivos para festejar. Mas, enfim, a vida é uma grande comemoração.
2017 termina, no entanto, como um ano que apresentou poucos motivos para celebrar. Afinal, no cenário nacional, a economia, embora esteja reagindo, passou um ano rastejando; o cenário político apresentou as denúncias talvez mais graves de nossa história. Muitos sentiram vergonha de pertencer a este país. Quando pensamos ter chegado ao fundo do poço ao ver um assessor do presidente da República, Rodrigo Rocha Loures, correndo com uma mala de dinheiro nas mãos, R$ 500 mil oriundo da corrupção, a Polícia Federal descobriu, dias depois, em um apartamento vazio, mais de R$ 50 milhões em espécie, também de um agente público, o ex-ministro da República Gedel Vieira Lima. Por todo esse imbróglio, Michel Temer (PMDB) foi o primeiro presidente denunciado pelo Ministério Público Federal por ter, supostamente, cometido crimes no exercício do mandato – mas, como rege nossa Constituição, os nossos representantes da Câmara dos Deputados impediram que o excelentíssimo fosse investigado no exercício da função, a apuração que envolve o presidente acontecerá somente após o fim do mandato.
Em Ibiúna, a expectativa pelo primeiro ano do governo João Mello (PSD) também não foi correspondida. Foi um 2017 extremamente difícil, com polêmicas, como a que envolveu a troca da empresa de ônibus e também a revisão da planta genérica no município neste mês, em que localidades terão mais de 500% de reajuste no valor do IPTU. A esperança de uma administração mais efetiva não foi notada pela maior parte da população e, por isso, a frustração é nítida em boa parte da sociedade ibiunense.
No entanto, 2018 será de esperança. O ano que se iniciará terá, para o prefeito municipal, o orçamento elaborado por ele próprio e sua equipe. Passado o primeiro ano em que, em tese, “arrumou a casa”, agora é a hora de trocar a mobília e deixa-la mais bonita, metaforicamente. Ou seja, a cidade terá de ver em 2018 a real vocação política e administrativa do médico ibiunense, que carrega em sua bagagem a história do tio, Zezito Falci, considerado por muitos o melhor prefeito de nosso município em todos os tempos. Em 2018, João Mello terá que mostrar para que almejou, por três eleições, ser o prefeito de Ibiúna.
No cenário nacional, é ano de escolha. Iremos as urnas para escolher o nosso novo governante. O governo vai mudar e, nós, brasileiros escolheremos quem deverá administrar e com qual projeto o Brasil será levado adiante. Embora 2017 possa ter sido um ano de frustrações, 2018 será de esperança e o VOZ estará acompanhando o cotidiano de nossa cidade.
Feliz Natal, Próspero Ano-Novo e uma boa leitura a todos.