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Para 2018, esperamos avanços e não retrocessos

Professora Luiza

Muitas vezes, nós educadores temos a impressão de que as administrações públicas esperam que a educação resolva, sozinha, os problemas sociais. O que não conseguem compreender é que nossa educação também está necessitada de atenção. As necessidades vão desde os espaços físicos de nossas escolas até a valorização e investimento no aperfeiçoamento dos profissionais da área, tendo em vista que o desenvolvimento dos professores é uma pré-condição para o desenvolvimento da escola.
Ao que se refere dos resultados da prova ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização) no município de Ibiúna, uma grande preocupação vem nos alertar que 2018 deverá trazer consigo ações significativas que venham de encontro as reais necessidades de aprendizagem dos nossos alunos. Não muito diferente dos resultados Nacionais e Estaduais, a prova ANA revela um cenário onde aproximadamente 52% dos nossos alunos de 3º ano encerram esse ciclo da educação abaixo do esperado/ideal para essa fase. Bem sabemos que muitos são os fatores que se revelam por trás desses resultados. Podemos citar, entre eles, a acessibilidade para as escolas da zona rural (ruas/estradas em situações precárias que impedem o aluno de chegar até a escola em dias chuvosos) e a infraestrutura dos prédios escolares, muitas vezes construído sem o menor planejamento e em consequência não conseguem atender adequadamente as necessidades dos alunos (fossas abertas, ausência de manutenção dos prédios, quantidade de banheiros insuficiente para o número de alunos, etc).
Desse modo, esperamos que em 2018, tais problemas tão aparentes possam ser considerados como prioridade por parte da gestão pública, afinal, nossos alunos merecem uma educação de qualidade e nossos educadores merecem melhores condições de trabalho.

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