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A inovação dos cursos universitários públicos a distância no estado de SP

Carlinhos Marques

A Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) foi criada em 2012, como uma fundação. Desde 2016, no entanto, a instituição de Ensino Superior mantida pelo Governo do Estado está ampliando a sua atuação para abrir 50 mil novas vagas de Educação a Distância (EaD) já em 2018. Para isso, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, chefiada pelo vice-governador Márcio França (PSB), pretende implantar mais de 200 novos polos da Univesp em todo o estado já no ano que vem. A iniciativa fará com que, se mantido o cronograma do projeto, todo o jovem que terminar o ensino médio a partir de 2020 tenha condição de fazer um curso superior a distância em uma instituição pública sem vestibular. Para isso, a Univesp assinou termo de cooperação com a USP, Unicamp e Unesp – as três universidades estaduais de São Paulo. Os professores, que lecionam a distância pela Univesp, também ministram nas universidades públicas presenciais de SP.
A educação a distância é a modalidade de ensino que mais cresce no país. Todo ano, centenas de novos cursos EAD são reconhecidos pelo MEC e, como parte integrante da formação universitária privada, a modalidade está iniciando no Brasil pelo estado de SP no ensino público, como uma novidade para formação de jovens e adultos. Após ser introduzido também na Europa, em conceituadas universidade como Oxford, no Reino Unido, e Navarra, na Espanha, a metodologia EaD está vencendo o preconceito e tem atraído milhões de estudantes no Brasil e no mundo, ano após ano.
Na Univesp, o aluno faz o vestibular e estuda pela internet, mas frequenta as aulas presencias, para interação com os colegas de curso e com um tutor responsável por sanar as dúvidas, semanalmente ou quinzenalmente. Para 2017, os cursos oferecidos serão o de Engenharia da Produção, Engenharia da Computação, Pedagogia, Licenciatura em Matemática, Física, Química e Biologia, além do curso tecnólogo de gestão pública, em parceria com a Faculdade de Tecnologia (Fatec). Para o segundo semestre, o vice-governador Márcio França anunciou o início também dos cursos de administração e contabilidade pela Univesp – ressaltando que os cursos são gratuitos.
Com a triste notícia do encerramento das atividades da Faculdade Estácio, a possível instalação de um polo da Univesp em Ibiúna será um presente para a cidade. Na penúltima semana, tive a oportunidade de intermediar encontro do prefeito João Mello (PSD) com o deputado Carlos Cezar visando a implantação do polo no município. O prefeito tem demonstrado disposição em conquistar para a cidade um polo do centro universitário, despendendo tempo e prevendo recursos para que Ibiúna tenha um centro da Univesp em 2018. Será, certamente, uma conquista para a cidade, sobretudo aos jovens ibiunenses.
O autor é jornalista e ex-vereador

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