2020: de olhos bem abertos
Claudino Piletti
“De olhos bem abertos” é o título de um filme do diretor israelense Haim Tabakman, apresentado no Festival de Cannes de 2009. O filme foi considerado muito corajoso, pois trata de um tema bastante delicado, ou seja, do homossexualismo na comunidade ortodoxa.
Mas, o que tem a ver esse filme com 2020? Tem a ver com o fato que os dois zeros me sugeriram dois olhos bem abertos. É o que precisamos ter em 2020, pois, além de outras preocupações, teremos as eleições municipais. Sem olhos bem abertos elegeremos, mais uma vez, políticos dos quais ficaremos quatro anos reclamando, como está acontecendo atualmente.
Eleições municipais são tão ou mais importantes que as estaduais e as nacionais, pois, é através delas que elegemos os que cuidam, ou deixam de cuidar, do lugar onde habitamos. No momento, infelizmente, a população anda descontente com a situação de quase abandono em que se encontra o município. Indiferentes e até mesmo coniventes com a situação, diversos vereadores que estavam há três anos desaparecidos, agora, com a proximidade das eleições, reaparecem.
No significado místico dos números, o 20 diz respeito à perfeição das obras que se realizam pela caridade, pois, os dez mandamentos multiplicados pelos dois da caridade, dá 20. Assim, 2020 é um ano de praticar a caridade com os nossos semelhantes, entre os quais estão os políticos. Às vezes, a melhor forma de pratica-la com certos políticos, é não votando neles. Não devemos, por exemplo, votar em político desonesto. E nem em político profissional, isto é, aquele que faz da política uma profissão – muito rendosa, por sinal -, ao invés de uma missão. Por isso, nenhum político deveria ser eleito por mais de dois mandatos. Fazer um indivíduo trabalhar ao invés de só ficar mamando nas tetas da nação, do estado ou do município, é praticar um ato de caridade, não só para com esse indivíduo, mas para com toda população do país.