Editorial

2020 ainda não começou

Uma ficção hollywoodiana, sem expectativa de fim e nem mensuração de começo, assim pode ser definido o momento atual em que estamos vivendo. Até quando iremos conviver com o COVID 19? Até quando o noticiário local, estadual ou com cobertura nacional, trará como manchete principal as vítimas do novo coronavírus? Enfim, essas respostas ainda não sabemos. Mas, o que sabemos, é que vivemos em uma situação sem precedentes da nossa história e 2020, certamente, será marcado como o ano da pandemia do COVID-19. Há quatro meses das eleições de outubro – que pode ser adiada por algumas semanas, segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso –, a pauta, no entanto, é o coronavírus. Mas não é só isso, o COVID 19 afetou nosso mundo. Esse ano era para ser olímpico, mas não é mais; esse ano, era para ser, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o da retomada da economia, das privatizações, do emprego, do superávit, mas não é mais; a pauta no primeiro semestre ficou restrita ao coronavírus, que arrebentou as expectativas econômicas no mundo inteiro.
Em Ibiúna, como em todo o país, o coronavírus tem prejudicado o comércio, a agricultura, o turismo e os demais setores econômicos. Além disso, tem causado discórdia entre muitos, principalmente, quanto a indefinição do que deve (ou não) flexibilizar. Nos bastidores políticos, comenta-se que o prefeito João Mello (PSD) tem aparecido mais no momento e até a falta de realizações passadas tem sido amenizadas pela população, que se preocupa de maneira sistemática com o risco viral. Preocupa, no entanto, as possíveis irregularidades, revelada por um grupo de deputados que estiveram na cidade na semana passada, quanto aos possíveis gastos ‘exorbitantes’ para manter o Hospital de Campanha na Área de Lazer, na Marginal.
Na educação, a rotina mudou a vida de alunos e professores. As aulas por aplicativos, o contato por whatsApp e a educação a distância desde as séries primárias eram inimagináveis, pelo menos a curto prazo, para os educadores. E para quem pensa que o trabalho diminuiu, ledo engano: aumentou e muito! O home-office nunca foi tão significativo como no período em que estamos vivendo.
No esporte, não é só as Olímpiadas que foram adiadas. Futebol suspenso, como os demais esportes, tem feito as grandes redes de Televisão retransmitirem jogos de anos (até décadas) atrás. As aglomerações familiares aos domingos, os passeios em parques, os restaurantes lotados – tudo ficou para trás. Muito daquilo que alegrava as pessoas faz parte do passado. E não sabemos se voltará tão cedo.
O mundo nunca mais será o mesmo. Nós, não seremos mais os mesmos. O COVID-19 veio para mudar as relações, nos afastar, colocou máscaras em nós, fez com que álcool-gel seja indispensável… assim, estamos aprendendo com as novas rotinas impostas por um inimigo invisível chamado Coronavírus – por conta dele, ainda não estamos no 2020 que imaginávamos.
Uma boa leitura a todos e até a próxima edição.

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