Novos DME serão implantados no território da APA

O Conselho Gestor Área de Proteção Ambiental de Itupararanga se reuniu na sede da ONG para manifestar-se sobre a implantação de dois novos DME – Depósito de Material Excedente – no território da APA.Tratam-se de áreas destinadas a receber o solo limpo proveniente da escavação das valas onde será implantada a adutora do SistemaProdutor São Lourenço (SPSL).A terra resultante das escavações tem ficado nos chamados “botaespera”,ou seja, depositada ao longo do traçado da adutora, às margens daestrada. Isso tem acarretado muitos transtornos aos moradores do Verava eCarmo Messias, bairros por onde a adutora está passando. Com as chuvas, aterra é transportada para o leito da estrada, deixando o trecho intransitável parapedestres e veículos. O problema já motivou inúmeras reuniões entre ascomunidades e o consórcio, e culminou em algumas manifestações queprovocaram a paralisação momentânea das obras. O consórcio tem trabalhadona retirada da terra destinando uma frota de caminhões para esta operação,que acontece diariamente. diminuindo um dos problemas mais citados pelosmoradores.De acordo com CCSL – Consórcio Construtor São Lourenço – 500.000m³ de solo limpo precisarão ser destinados em 7 DME previstos na APA, sendo6 em Ibiúna (5 no Bairro Verava e 1 no Bairro Carmo Messias) e 1 em Caucaiado Alto. Das áreas indicadas em Ibiúna, 4 estão localizadas na Zona deConservação da Biodiversidade, região mais restritiva quanto ao uso do solo naAPA, por abrigar grandes fragmentos florestais e as nascentes dos principaisrios que formam a represa Itupararanga.O consórcio esclareceu que estão aptasa receber este material as áreas onde nãoexistam restrições ambientais, cujosproprietários tenham interesse em utilizar aterra para nivelar o terreno. A empresa éresponsável pela execução dos aterros e pelaimplantação dos sistemas de drenagem e decontrole de erosão no terreno. Nos casos onde seja necessária supressão de vegetação (árvores isoladas), é feita compensação ambiental. O consórcio propôs ainda o plantio adicional de 1 ha para cada DME implantado na APA. Os conselheiros levantaram alguns pontos de preocupação e apresentaram diversas recomendações, dentre elas, que seja revista a localização dos DME previstos para a Zona de Conservação da Biodiversidade da APA.

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Postado em 23, julho, 2015