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Ibiúna 158 anos: trabalhar para reconstruir
A cidade de Ibiúna completa neste mês 158 anos de emancipação política. Em meio à crise política, ideológica e estrutural em que o município se encontra, o melhor presente que a comunidade Ibiunense pode se dar é um projeto de reconstrução.A imagem de Ibiúna, que já foi de uma bela cidade interiorana repleta de verde, está desgastada, frente à especulação imobiliária, que, muitas vezes irresponsável, põe em risco nosso meio ambiente. Não por acaso, a mesma especulação imobiliária predatória alicia os promotores da agricultura familiar, cada dia mais seduzidos com as ofertas praticamente irrecusáveis para que se desfaçam de suas terras. Assim, muitos lugares onde víamos lavouras ou matas, hoje são loteamentos – muitos dos quais irregulares. A água, um dos nossos bens mais preciosos, também sofre. Frente a ocupação irregular do solo e os detritos despejados em nossos rios e represas – e aí incluímos condomínios de baixo ou de alto padrão, a sujeira é a mesma -, a qualidade de nossa água está péssima. A política. Ah, a política… Bem, se a parte da população se mobilizou pelo Brasil, em Ibiúna a coisa está um pouco mais séria. Professores, trabalhadores do transporte na educação, vários outros profissionais reivindicam direitos e o cumprimento de promessas feitas pelo atual gestor municipal. Mas, em meio a todas as crises, há esperança. Foi assim com Hiroshima, foi assim com a Alemanha após a Segunda Guerra. Nos momentos de grandes crises é que o povo se levantou, arregaçou as mangas e se uniu para a reconstrução. Ibiúna precisa ser reconstruída. E isso não deve vir do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário. Deve vir de seu povo, com cobrança, trabalho e muito suor. Que, de presente de aniversário, o município ganhe de seu povo uma proposta de reconstrução. Então, mais união, ideias e mãos à obra!
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