96 anos: Ibiúna se prepara para receber São Sebastião

José Gomes (Linense)

Ibiúna se adorna para comemorar a 96º festa de São Sebastião. O santo mártir do cristianismo por sua interseção a Jesus Cristo, em 1918, livrou o povo Ibiunense do flagelo da gripe “Influenza Espanhola”. Enquanto milhões de vidas humanas foram ceifadas em todo o mundo, a gripe em forma de peste não atingiu o povo ibiunense. A fé, a devoção e a promessa de cultuar São Sebastião e o Divino Espírito Santo por três dias consecutivos na matriz de Nossa Senhora das Dores, a partir de 1919, fez com que não se registrasse nenhum caso e nenhum óbito em consequência da gripe que assolou o planeta. Portanto, a festa em louvor a São Sebastião é a maior e mais concorrida de toda região sorocabana. A festa, por sua importância, faz parte do calendário Turístico do Estado de São Paulo. Chega a reunir mais de 20 mil pessoas, entre fieis, turistas e visitantes, dos mais variados municípios do estado de São Paulo.Santo Protetor de Ibiúna Entretanto, a fé e a devoção a São Sebastião é bem mais antiga. Uma Epidemia de Varíola simultânea a de febre amarela, em 1884, em pleno sertão de Ibiúna, atingindo vários municípios vizinhos, como Itapecerica da Serra, Cotia, Juquitiba, Miracatu, Tapiraí e Juquiá, foi estancada pela promessa da jovem fazendeira Alexandrina Vieira de Góes (Nha Chanda), que trouxe do Rio de Janeiro uma Imagem de São Sebastião que foi colocada em uma das grutas existentes no bairro do Poçinho, à 27 km distante do centro do município. Esse fato acabou trazendo pela primeira vez a presença de um bispo Diocesano as grutas ou itaocas de São Sebastião, no ano de 1886. O Bispo Dom Lino Deodatto, pernoitou nas grutas, ocasião em que celebrou missas e crismou os fieis. Portanto, além das comemorações no dia 20 de janeiro, dedicado a São Sebastião, são muitas as romarias que ali se aporta durante todo ano, numa demonstração de fé e agradecimentos a quem atendem através dos séculos.Defesa e Construção do santuárioA defesa da área de terras e da preservação permanente do verde, bem como uma ampla campanha para a construção do santuário de São Sebastião, tornam se imprescindíveis e necessárias. A partir daí, um roteiro turístico religioso daria, com certeza, uma maior importância à Estância Turística de Ibiúna, gerando mais oportunidades ao município e ao povo ibiunense. Acontecimentos como esse poria fim à inércia de projetos e políticas públicas capaz de sacudir o importante manancial de que dispõe Ibiúna, mais que infelizmente não é aproveitado.

Comments

comments

Postado em 21, maio, 2015